39ª Mostra Internacional de Cinema SP
domingo, novembro 01, 2015
Até o dia 4 de novembro, quarta-feira, acontece a Mostra Internacional de Cinema SP, em sua 39ª edição. São 312 títulos de 62 países em 22 endereços, dentre eles o CCSP, Caixa Belas Artes, Cinemateca, etc. Você pode conferir a programação completa clicando aqui.
Só tive tempo para assistir dois filmes da mostra até hoje (01/11/12), mas enquanto não assisto mais vou falar dos que já assisti:
Son of Saul (O Filho de Saul)
Sinopse: Outubro de 1944, campo de Auschwitz-Birkenau. Saul Ausländer é um
húngaro que integra o Sonderkommando, grupo de prisioneiros judeus
forçados a ajudar os nazistas no extermínio em larga escala. Trabalhando
nos crematórios, Saul descobre o corpo de um garoto que acredita ser
seu filho. Enquanto o Sonderkommando planeja uma rebelião, Saul decide
se lançar em uma tarefa impossível: salvar o corpo da criança das
chamas, encontrar um rabino para o Kadish e dar ao menino um enterro
apropriado.
O longa tem um trabalho fotográfico incrível, sendo que o filme inteiro é gravado com câmera na mão. Maior parte se passa a noite, além de grande parte em ambientes fechados, um filme claustrofóbico. A narrativa pode até parecer um pouco confusa - foge da papinha hollywoodiana -, mas é um excelente filme.
Son of Saul é o primeiro longa do diretor húngaro, László Nemes. Apesar de ser o primeiro, é uma obra digna de ser um dos pré-candidatos ao Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, além de ser o vencedor Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes.
Birds of Neptune (Pássaros de Netuno)
Sinopse: Depois de perderem os pais, as jovens irmãs Mona e Rachel estão por
conta própria. Confinadas à casa em que passaram a infância e
constantemente cercadas por nostalgia, as garotas criaram suas próprias
pseudorrealidades. Rachel encontra consolo na música e em práticas
espirituais antigas, enquanto sua irmã mais velha se volta para formas
de expressão pouco convencionais e consideradas tabu. Quando um homem
entra abruptamente em seu mundo, elas encaram duras verdades sobre seu
passado.
A ideia do filme é ótima, todavia o processo acaba se tornando cansativo. Zach não foi um personagem bem trabalhado, entrou na trama de forma pobre. Existem algumas cenas mortas no filme, bem intencionadas, mas talvez em excesso.
Apesar de seus pontos negativos, o filme não é de todo ruim, o final é interessante, apesar de alguns pontos. Alguns podem achar que o final com o Thor foi forçado, mas na opinião de quem vos fala foi um ponto positivo.
Se a história não é das melhores, a parte técnica, por outro lado chama a atenção. Apesar de ser um filme de baixo custo, cada plano é bem trabalhado. Além disso, John J. Cambell - Diretor de Fotografia dos primeiros filmes do Gus Van Sant - é um dos envolvidos no projeto, que foi gravado em 15 dias*.
Este é o segundo filme de Steven Richter na mostra, sendo o primeiro - Center of Gravity - gravado originalmente em português no Brasil. Quatro edições depois o diretor volta à mostra com seu segundo filme, desta vez gravado em sua terra natal. O filme tem lá seus pontos negativos, mas acredito que o diretor tem tudo para trazer filmes melhores no futuro.
*Não me lembro com certeza o número informado pelo diretor, de qualquer forma o número não chega a 20.
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